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Estreantes, Everton e Marllon dão conta do recado na defesa do Santa

A primeira vez que estiveram no time titular foi contra o América-RN; o resultado foi vitória dos corais por 1 a 0, acabando com a sangria da zaga dos últimos jogos
Foi na 14ª rodada da Série B. Porém, a vitória sobre o América-RN, por 1 a 0, na Arena das Dunas, em Natal, teve um sabor especial para alguns jogadores. O zagueiro Marllon e o volante Everton, enfim, puderam entrar como titulares no time do Santa Cruz após um longo período de espera. E num momento ruim. Em que o sistema defensivo era questionado por ter tomado 11 gols nos últimos quatro jogos. 
Everton foi quem mais esperou: foi contratado no dia 7 de janeiro. Passaram-se o Campeonato Pernambucano, a Copa do Nordeste e, até aqui, a Copa do Brasil e a Série B. Para não dizer que entrou de frente, estava no time de cima no primeiro jogo contra o Lagarto-SE, confronto em que a equipe foi formada apenas por reservas. Mas ele nem leva em consideração aquela passagem.
Ante o América, não só jogou figurou "de verdade" no grupo principal como correspondeu. Tanto é que terminou a primeira etapa sendo o jogador que mais acertou passes, com 12 tentativas corretas. Por desgaste físico, saiu de campo aos 37 minutos do segundo tempo.

Santa e América  (Foto: Aldo Carneiro - Pernambuco Press)- Estava há mais de um ano parado sem um jogo oficial quando cheguei aqui e voltei nessa partida importante. Nós conseguimos vencer, avalio tudo positivamente. É bom poder estrear desse jeito - disse Everton.

Já Marllon, que veio do Rio Claro-SP, chegou ao Arruda em maio. Esperou bastante para entrar em campo, mas avaliou positivamente a sua primeira partida com a camisa coral. Apesar de ter aguentado jogar os 90 minutos, admitiu que sentiu a parte física.

- Os zagueiros só aparecem quando erram. Se não aparecemos, fomos bem. Senti um pouco (a parte física). Faltava ritmo de jogo. Mas, no final, tudo deu certo.

Herói improvável: Betinho, três meses de contrato e gol na história alviverde

Atacante chega ao Verdão com vínculo de 90 dias, marca na decisão da Copa do Brasil, ganha "sobrevida" no clube, mas some do mesmo jeito que chegou: do nada
HEADER 100 anos do Palmeiras (Foto: Infoesporte)


Nem Valdivia, Henrique ou Marcos Assunção. O grande herói da conquista palmeirense na Copa do Brasil de 2012 atende pelo nome de Carlos Alberto Santos da Silva. 
Depois de uma passagem de pouco destaque pelo São Caetano no Campeonato Paulista daquele ano, Betinho foi anunciado como reforço para o ataque Palmeiras e, poucos dias depois, fez sua estreia com a camisa alviverde na vitória por 2 a 0 contra o Atlético-PR, nas quartas de final da Copa do Brasil.
Com vínculo válido por apenas três meses, o jogador chegou com a condição de ser o reserva imediato do argentino Hernán Barcos e com um objetivo: conquistar a confiança da exigente torcida alviverde. 
– Eu tinha acabado o Campeonato Paulista lesionado e estava em fim de contrato. O Felipão já tinha ligado para o meu empresário para saber como estava a minha situação. Era natural a desconfiança da torcida porque eles estavam esperando outro jogador. Mas recebi isso com muita naturalidade – recorda o jogador.
Betinho Palmeiras (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)Betinho recebeu de César Sampaio a camisa do Palmeiras, em maio de 2012 (Foto: Diego Ribeiro / Globoesporte.com)

E a pressão inicial foi logo deixada de lado em seu primeiro contato com Luiz Felipe Scolari, na Academia de Futebol. Em sua chegada ao Palmeiras, um papo direto e sincero com o treinador serviu para tranquilizar o atleta e motivá-lo a superar a desconfiança inicial dos palmeirenses.
– Quando fui apresentado, o Felipão me chamou na sala dele para conversar. Ele passou muita tranquilidade, confiança e disse que, se acontecesse alguma coisa de errado, a culpa seria dele. Desta maneira, o Felipão jogou a pressão para ele, que já está acostumado com essas coisas – conta Betinho.                                                                                                                                                                                                                                                     Em cobrança de falta da direita, Marcos Assunção cruzou para a grande área. Betinho se antecipou ao marcador e, de costas, conseguiu desviar de cabeça com força suficiente para tirar do alcance de Vanderlei e empatar a partida.
– Nós treinávamos muito aquela jogada. A bola do Assunção sempre era muito rápida e em direção ao gol. E por isso sempre tentava me posicionar por onde a bola ia passar. Tive a felicidade de correr na frente da marcação e desviar para fazer o gol – recorda Betinho.
– Ali na hora daquele gol já sabia que o Coritiba não ia ter mais poder de reação. Eles estavam vivendo uma pressão muito grande por causa de o primeiro jogo ter sido 2 a 0 para nós. Depois do gol sabíamos que o título não ia escapar mais – completa.
Betinho, Coritiba x Palmeiras (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

O gol na final da Copa do Brasil criou uma comoção pública pela renovação de contrato de Betinho. Além do carinho da torcida, o atacante contou com o apoio dos companheiros. Craque daquele time, Valdivia chegou até a cobrar a diretoria alviverde em tom de brincadeira pedindo a permanência do jogador no clube.
E foi o que acabou acontecendo: Betinho acabou tendo o contrato prorrogado por mais seis meses. Mas ele nunca mais repetiu as boas atuações - e nem teve a mesma estrela mostrada na decisão da Copa do Brasil. 
Betinho Santa Cruz x Joinville Série B (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
E enquanto o time afundava no Campeonato Brasileiro, com a diretoria preparando uma lista de dispensas, Betinho se antecipou e anunciou sua saída do clube um mês antes do fim do contrato - e com direito a uma carta emocionada aos torcedores.
Apesar do gol decisivo na Copa do Brasil, o atacante, hoje no Santa Cruz, divide com o time os méritos da conquista da Copa do Brasil. Mas agradece todo o apoio que recebe dos torcedores palmeirenses por causa da conquista.
– Não me considero o herói sozinho. Todo mundo que fez parte daquele grupo merece ser lembrado pelo titulo. Foi um time muito guerreiro. Nós sabíamos das nossas qualidades e fomos buscando a conquista passo a passo. E acabou dando tudo certo. Tive a felicidade de fazer o gol do título, mas compartilho isso com todos os jogadores – diz Betinho.
– Já fui parado na rua diversas vezes. O título da Copa do Brasil significa muito por ser importante no cenário brasileiro e por ter sido conquistado com um clube tão grande como é o Palmeiras – completa.
Palmeiras campeão da Copa do Brasil (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Tática do Santa Cruz em Natal era não tomar gols, mesmo que não marcasse

Defesa estava tão exposta por causa dos 11 tentos dos últimos jogos que zagueiro Marllon frisou importância de não ser vazado no triunfo sobre América-RN por 1 a 0
A sequência era ingrata. Em quatro jogos, o Santa Cruz havia tomado 11 gols. Nove deles de bolas aéreas lançadas na pequena área. O sistema defensivo, muito criticado, passou ileso na vitória por 1 a 0 sobre o América-RN, no último sábado, pela Série B, na Arena das Dunas, em Natal. Fazia tempo que o time coral saía de campo sem ser vazado. A última vez foi no dia 30 de maio, na vitória sobre o Joinville-SC, por 2 a 0, no estádio dos Aflitos.
- O importante era não tomar gols, mesmo que não fizéssemos. Em jogo fora de casa é assim - resumiu o zagueiro Marllon.

Marllon Santa Cruz x América-RN (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)O técnico Sérgio Guedes enalteceu o fato de o sistema defensivo ter melhorado. As mudanças feitas  - a saída do zagueiro Renan Fonseca para a entrada de Marllon e o volante Everton no lugar de Memo - também foram analisadas pelo treinador.

- Quem saiu também sabe que tem capacidade. O treinador cobra uma, duas, três vezes e, às vezes, tenho de tirar algumas peças. Porém, mais do que a tristeza de quem saiu é a expectativa de quem vai entrar.
Sérgio Guedes rasgou elogios a Everton, que fez sua estreia como titular no último sábado, na Série B. A experiência que carrega o jogador, de 30 anos, contribuiu para a equipe.

- Everton acrescenta muito. Ele tem muita cancha. Se ele está no elenco, trabalha bem. E se ele trabalha bem, tenho expectativa em cima dele. Ele deu personalidade ao time. Não que Memo não faça isso, mas Everton foi uma boa escolha. Não foi uma troca só porque não estávamos ganhando. Foi por outras razões. Foi todo um contexto.

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